15.5.09

chuva no cabelo

a única coisa que nunca fica seca é o mar, amor

8.5.09

domingo que vem



Fiz pra mamãe essa mandala, mas já falaram que parece um mundo.
- Toma mãe, te dou um novo mundo. Se quiseres pintar e dar um nome pra ele, eu deixo. Feliz teu dia. (abraço)

7.5.09

e é só dançar

então dança e aprende a se controlar, a não olhar, a não sentir medo e raiva

4.5.09

aquele (im)pulso

eu queria escrever alguma coisa bonita pra ti e falta palavra, sabe o que tá tocando aqui? "e lááá se vaaaai mais um diaa..." essa musica tem um valor mais do que sentimental pra mim, naquele dia do show do ney que a gente escutava no teu quarto, tua cama, eu te abracei ouvindo essa música e chorei um pouquinho, não saiu uma lágrima definida mas a sensação foi como se eu tivesse chorando. não era de tristeza e nem de alegria, era de gratidão: pensei em tudo que já me proporcionaste e tudo que queria falar pra entenderes o que acontecia na minha mente e coração aquela hora e não consegui. tá tudo voltando agora e não estás aqui. sempre vem aquele medo de acordar sentindo outra coisa, querendo outra coisa ou o medo de o outro não sentir mais o que sentia e etc... mas isso fortalece, faz com que eu acorde e queira sentir a tua mão nos meus ossos e ouvir o teu ronco baixinho me acordando a cada cinco minutos, abrir os olhos e ver que me empurraste até o limite da cama fazendo com que qualquer movimento leve que for meu poderá ocasionar um fraturamento de bacia. sentir o mármore gelado na sola dos pés junto com os pêlos do toti na descida dos degraus, já com o focinho dele me encarando com olhos de cantalicio. e tu com os braços da insegurança e da intensidade me carregam pra cima e pra baixo, sem nenhum ritmo ou harmonia (o que gosto) porém com a melhor melodia: o silêncio da tua respiração acompanhando a marchinha do pulsar do meu (im)pulso.

28.4.09

pobre


hoje bateu uma vontade fútil de gastar 1000 reais na C&A

22.4.09

ontem eu vi o show do Radiohead.

Engraçado e estranho falar isso. Parece que não condiz. E na verdade eu vi o show, pelo youtube.
É uma sensação meio catársica ver o show que o multishow exibiu e saber que eu tava ali, pelo meião, flanando. Aquela iluminação alucinógena, mesmo porque meu pés não aguentavam mais o meu peso e vice-versa. O Thom York saiu da mtv, da revista e pousou na minha frente e na frente de 34 mil pessoas que eu deveria conhecer umas doze delas. Eu precisava de água e um espaço pequeno pra sentar, e não havia. Eu não podia me afastar no meio da música, sem o show ter realmente acabado, e esperei. Esperei. O Rodrigo preocupado comigo. E a sensação de desmaio veio na penultima música: Everything In Its Right Place, fui contra toda a multidão, olhando sempre pra trás (palco) e cada vez mais eu sentia que aquilo eu tinha que viver naquela hora, tava acabando e inclusive eu estava completamente acabada já era 00h e estava em pé desde as 16h. A ansiedade cansa, não só o físico. Eu pensei na minha mãe, no meu pai. Na Izabel, na Izabel e o quanto eu queria a presença dela reclamando da multidão ou empurrando todo mundo. No Paulinho em There, There que estava, não muito longe, pensando talvez no Hail To The Thief dado pra mim em 2005, justamente meu primeiro contato com o Radiohead, um dos mais lindos. Escutava todo dia antes de dormir, de olhos fechados sem sono. No Armando. No Ícaro em High and Dry e todas as vezes que escutamos na sala de aula o The Bends quando o Iketani chegava e ficava batucando algum hardcore na minha carteira. Na Verena e no quanto ela ficaria deslumbrada. Em mim e no meu estado emocional/financeiro/social/geográfico, enfim. Acabou. Nem foto eu consegui tirar. Minha tentativa de subir no ombro do Rodrigo pra tirar uma foto pelo menos, foi frustada: fui xingada de tudo que eu nem poderia imaginar ser xingada por gente que nem me conhece. (hora do almoço)

9.4.09

[adorável]

To relendo 'Fragmentos de um discurso amoroso' do GRANDE MESTRE Barthes
Não recomendo, não leiam!


"Encontro pela vida milhões de corpos: desses milhões posso desejar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um. O outro pelo qual estou apaixonado me designa a especialidade do meu desejo.
Esta escolha, tão rigorosa que só retém o Único, estabelece, por assim dizer, a diferença entre a transferência analítica e a transferência amorosa; uma é universal, a outra é específica. Foram precisos muitos acasos, muitas coincidências surpreendentes (e talvez muitas procuras), para que eu encontre a Imagem que, entre mil, convem ao meu desejo. Eis um grande enigma do qual nunca terei a solução: porque desejo Esse? Porque o desejo por tanto tempo, languidamente? É ele inteiro que desejo (uma silhueta, uma forama, uma aparência)? Ou é apenas uma parte desse corpo? E nesse caso, o que, nesse corpo amado, tem tendência de fetiche em mim? Que porção, talvez incrivelmente pequena, que acidente? O corte de uma unha, um dente um pouquinho quebrado obliquamente, uma mecha, uma maneira de fumar afastando os dedos pra falar? De todos esses relevos do corpo tenho vontade de dizer que são adoráveis. Adorável quer dizer: este é meu desejo, tanto que único: 'É isso! É exatamente isso (que amo)!' "
Pág. 14
.
"Como ciumento sofro quatro vezes: porque sou ciumento, porque me reprovo de sê-lo, porque temo que meu ciume machuque o outro, porque me deixo dominar por uma banalidade: sofro por ser excluído, por ser agressivo, por ser louco e por ser comum."
Pag 47

6.4.09

vinho com sono

Eu lembro quando o Paulinho tava triste no intervalo e a gente sentou na arquibancada pra conversar e me deu vontade de chorar, até hoje eu lembro e me vem a mesma sensação de nunca querer ver tristeza naquele coração. Era 2005, não fazia nem idéia do que eu me tornaria e nem faço, a gente morre sem saber o que a gente é. Três anos depois, ele viu a maior tristeza que já saiu dos meus olhos e nunca o agradeci por isso. Talvez eu achasse que o meu abraço já era suficiente. Não era. Quem sabe a minha voz. Não era. E até hoje, até hoje eu penso que talvez ele tenha me salvado, e bate aquela saudade. Sentar naquele sofá gelado ficar falando duas horas sem parar, sentindo o gosto de uva na boca, depois vinha o efeito do alcool e a água salgada no rosto, na mão e na blusa. O que mais queria era não sentir mais aquela dor, e eu não entendia o porque que quanto mais eu falava, mais doía.

3.4.09

seis meses

19.3.09

pincel sem borracha

Parece que vou perder lá, não sei ao certo o quê ainda, mas vou perder.
Não sei se de mim mesma, a direção. É bom não saber o que se vai perder e sim que se perderá algo, talvez fique perdido naquela cidade como todas as coisas e pessoas que existem lá e até mesmo a enchente carregue para bem longe. Ou, quem sabe, eu ache de volta quando retornar? Eu sei o que é perder, perdi tantas tantas coisas durante minha plenitude que, mesmo parecendo, não é curta. Já perdi a conta, perdi a cabeça, a consciência, a memória, os limites, os sentidos, o desejo, a calma, a vontade de chorar ...
Mas quem nunca perdeu? Todo mundo perde algo a todo momento, e não importa, sempre outro algo substitui, bom ou mal mas substitui. Perder alguém. Perder um documento. Perder uma nota de dinheiro. Perder a noção de tempo.Perder-se? As vezes vale a pena perder, pra esperar o que vem para substituir. Esse mapa que uso mentalmente quase nunca dá certo, vou seguindo mais pela intuição mesmo "o que devo falar agora?", "o que fazer amanhã?", "por qual rua devo seguir pra chegar em casa?".

10.3.09

melkatess spray

com muita tosse e um livro chamado Crítica Genética pra ler até amanhã, eu to ouvindo

5.3.09

tá sol hoje

"mais f*** do que ter de lembrar é não querer esquecer."

acabei de ler isso no blog do ishak
pior que caiu muito bem agora, droga.

3.3.09

dorflex

Tem três goteiras na minha cabeça aqui na editora e sabe do que mais? Abri um guarda-chuva jurando que ía melhorar, mas as gotas que escorrem por ele, caem justamente na minha mesa, onde bagunça é o que não falta. Tchau papéis, tchau acessórios da câmera, tchau livros, tchau cabelo seco (grandes merdas), claro que exagerei até porque se tivesse realmente molhado os livros eu estaria escrevendo em caps lock e seriam muitos palavrões.
Dia 13 de março é aniversário do Ícaro e eu vou no médico (não sei porque escrevi isso aqui).
Hoje faz cinco meses que eu sou uma tola, legal né? Muita coisa mudou, na verdade o que mais me intriga é que antes quando eu saía pra beber eu bebia muito mais do que hoje e nem por isso eu chegava carregada em casa como ultimamente. Mas também andei pensando que meu cansaço nunca acaba, eu nunca me recupero, nem nos feriados e nem nos finais de semana e cansa mais ainda pensar que férias pra mim não vai ter tão cedo, chato.Fora isso eu não choro mais quando bebo, eu fico o contrário, rio agudo, alto e falo muito mais, às vezes agressiva.
Tá, não sei porque to falando isso, acho que é porque to sem fazer nada, ainda tá pingando aqui na minha cabeça e to passando o tempo escrevendo já que to esperando a hora de ir pra unama.
Só de pensar que ainda to devendo pra essa merda dá vontade de chorar,meu dinheiro vai todinho pra ela, e o show do radiohead tá chegando, são paulo, avião, emoção ó.

Ó.

26.2.09

falei que ía roubar, não falei?


18.2.09

chuva

tu: não vou ficar falando disso
mas me fez lembrar de um poema do leminski
olha só
Amor, então,
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.

eu: é
bonito

isso é bonito no papel, no livro, num rabisco, numa voz, nos olhos
mas na prática...

17.2.09

agora é sério

nunca mais entra vodka nessa minha vida.

16.2.09

fantasia de lua

Sorte de hoje: Sorria. Isso basta.
É hein? Se fosse por isso eu teria dinheiro, estaria morando sozinha, teria um ateliê, um laboratório de revelação, um estúdio e teria um restaurante de comida italiana (mentira, não queria um restaurante).
Compraria um apartamento pro meu pai cheio de quadros e poesia, estantes pra todos os lados, com uma sacada que desse pra ver o pôr-do-sol pra beber uma Bohemia escutando caetano. Teria um quarto (não precisaria ser tão grande) pra ficar o computador e nas paredes teriam fotografias da vida dele desde o nascimento, a foto com 16 anos ganhando medalha por ter atravessado a baía nadando com os botos e disputando lugar com nadadores acima de 18 anos entraria no mural junto com a foto que ele abraça minha mãe grávida do meu irmão numa praia.
Pra minha mãe eu arranjaria um terreno pra fazer um Centro Zen ou algo do tipo com muitas salas onde teriam cursos de ioga, artesananto, origami, tai chi, essas coisas que ela gosta. Salas com muitas almofadas e sares indianos, incensos... muitos incensos acesos, uma sala de cinema para exibir filmes com nomes bizarros, tipo "Prefiro o barulho do mar" ou "A bota". Palestras sobre filosofia oriental e sobre budismo.
Pro meu irmão eu ainda não sei o que compraria até porque ele parece ainda não ter decidido seu futuro, mas com certeza ele gostaria de ganhar um estúdio com computador poderoso com ferramentas e programas que dessem pra fazer animações. Teria também telas, papéis, pincéis, lápis, cores. Ah sim, não poderia esquecer da mania de grandeza e comprar uma tv gigantesca que desse pra ele jogar e ver filme.
Se um dia eu conseguir dinheiro, vai ser legal voltar aqui nesse post e tentar fazer essas coisas.

13.2.09

pirando em tim maia hoje

Eu vou cantando eu vou viver...
Eu vou fazer o preciso para tornar isso daqui um verdadeiro paraíso...
Festa à fantasia a noite, quero uma (duas, três, cinco, dez...) cerveja(s)
e ver meus colegas de trabalho pirando, tchau

10.2.09

Max Martins faleceu, de velhice, de lembrança

hoje é aniversário do Caio.

O dia não começou muito bem, estamos de mudança aqui no trabalho, fomos pro 3º andar e com a intenção de tudo ficar mais bonito, eu não pude ficar com a minha cadeira só porque ela não é de rodinhas e todas as outras são. Eu ficaria "fora do padrão", pff. Que sentido isso faz? Mas também se fosse parar pra se perguntar o que tem sentido nessa empresa ía demorar mil anos fazendo uma lista. Enfim, não tenho realmente do que reclamar...
Queria dar um abraço no Caio hoje, acho que se eu nascesse homem, ía ser bem parecido com ele. E ele é umas das poucas pessoas que gosto da risada. Admiro pessoas que não tem vergonha de amar, amar demais, transbordar.