Eu lembro quando o Paulinho tava triste no intervalo e a gente sentou na arquibancada pra conversar e me deu vontade de chorar, até hoje eu lembro e me vem a mesma sensação de nunca querer ver tristeza naquele coração. Era 2005, não fazia nem idéia do que eu me tornaria e nem faço, a gente morre sem saber o que a gente é. Três anos depois, ele viu a maior tristeza que já saiu dos meus olhos e nunca o agradeci por isso. Talvez eu achasse que o meu abraço já era suficiente. Não era. Quem sabe a minha voz. Não era. E até hoje, até hoje eu penso que talvez ele tenha me salvado, e bate aquela saudade. Sentar naquele sofá gelado ficar falando duas horas sem parar, sentindo o gosto de uva na boca, depois vinha o efeito do alcool e a água salgada no rosto, na mão e na blusa. O que mais queria era não sentir mais aquela dor, e eu não entendia o porque que quanto mais eu falava, mais doía.
6.4.09
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