22.5.09

Aquele amor não era igual aos que via passar perto do seu rosto e boca e mãos. Era diferente, perigoso e violento, mas gostava assim mesmo. Parece que quanto mais dor sentia, mais amava aquele amor que não era igual aos que via passar por aí. Conversar já não fazia sentido, somente os dois, um e outro, ela e ele, a tv ela e ele, a cama ela e ele. Os olhos, a boca, era o que importava. Não se manter distante do amor que não era igual aos que via passar na novela. Tiveram outros tempos, ventos, areias, florestas, tosses e nada mais se via senão aquele fundo do poço sem um pigo d'água. O que viver senão aquele amor que não era igual aos que via passar como nuvens no céu?

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