16.6.08

brilho eterno

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Sentir.

É só lembrança, nada mais que isso.

Todas essas imagens em que meu sorriso ocupa a fotografia por inteiro fizeram parte de mim, só são pequenos fragmentos da minha história, nunca acaba, (sempre) volta. Ontem quando desliguei a luz pra dormir e não consegui, senti como se estivesse na cama de 2006, com as preocupações e tormentos e saudades todas que sentia nesse ano, mas não: 2008 está aqui, não só dentro de mim, na mente, no estômago, como nas minhas coisas, meus caminhos, minhas conversas, tudo mudou: eu engordei (apesar de ser estranho pensar que já fui mais magra do que isso que sou, mas fui), não ligava pro meu cabelo quando crescia um pouco (hoje, é só eu sentir ele um pouquinho no pescoço, meto a tesoura), nem pensava em ser professora (agora é uma das coisas que mais quero), não gostava tanto de beber como agora (mas também não cansava como hoje), acreditava em amor eterno (só de ler isso já me dá agonia), achava que minha mãe nunca ía largar do meu pé (não que ela tenha largado por completo, mas nem se compara), quando via homem beijando homem e mulher beijando mulher achava muito estranho, sentia como se fosse a melhor época da minha vida inteira, pensava que ía odiar o ideal até eu morrer (mas hoje eu sinto falta, muita falta), era contra muita coisa (que acabei fazendo durante muito tempo afirmando pra mim mesma o quanto sou contraditória) ficava pensando o quanto ía ser lindo ter 18 anos (e não sinto nenhuma beleza dentro e muito menos fora de mim),

(respiro e penso: "ainda bem")

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