A lágrima saboreia o gosto da chuva, vem o dedo e segura ela. A chuva não pára. Aqueles olhos continuam me fitando, e outra cai, vem o dedo e segura ela. Esqueço tempo, espaço, pessoas e música que toca ao fundo, lágrima desce, vem o dedo e segura ela. O ar melancólico é a noite que traz, o que posso fazer é aceitar, sentar e cheirar o asfalto. Poder e querer. Poder falar a verdade, querer que não seja verdade, mas a realidade é nada. Vem o dedo e segura ela, segura com firmeza, mas se desfaz antes mesmo de tirar os olhos dos meus naquela noite nada chuva olhos dança álcool abraço incenso.
10.3.08
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário