vai a onda, vem a nuvem, cai a folha. quem sopra meu nome?
raia o dia, tem sereno. o pai ralha, meu bem trouxe um perfume? o meu amigo secreto.
põe meu coração a balançar. pai, o tempo está virando!
pai, me deixa respirar o vento. vento...
nem um barco, nem um peixe. cai a tarde, quem sabe meu nome?
paisagem. ninguém se mexe.
paira o sol, meu bem terá ciúme? meu namorado erradio
sai de déu em déu a me buscar.
pai, olha que o tempo vira. pai, me deixa caminhar ao vento. vento...
se o mar tem o coral, a estrela, o caramujo. um galeão no lodo jogada num quintal.
enxuta, a concha guarda o mar no seu estojo. ai, meu amor para sempre...
nunca me conceda descansar. pai, o tempo vai virar. meu pai, deixa me carregar o vento.
vento.
vento,
vento...
chico buarque - a ostra e o vento
ela não acredita se existe o hoje, o amanhã. seu único amigo é o vento, pois ele sempre está por perto, sempre presente. a única certeza que ela tem é que ele volta pra ela, assim deposita todo o amor nesse que leva seus cabelos e seu vestido junto com as conchas da areia. se o farol apagar, o vento vai guiar. marcela gostaria de conhecer a cidade, viajando com sua ilha guiada pelas estrelas. aquilo ali tornou-se uma grande prisão. ela não poderia ultrapassar do mar, muito menos amar alguém. o temporal e a neblina acobertaram-se da noite naquele dia. e o vestido amarelo abraçou marcela pela última vez. e fico perguntando-me: será que aproveito minha liberdade?
(claro que não, eu to presa dentro daqueles olhos)
1.2.08
meu único amigo, o vento.
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