hoje não tem imagem, hoje não tem sorriso, nem chuva, nem sol, nem dor. tudo me abandona: as pessoas, a voz e o sono. até mesmo a saudade, vi ela indo embora e não fiz nada, somente um adeus, como se sua partida já fosse tarde demais. e foi. por mais que eu tente, por mais que eu negue e por mais que eu não sinta nada (principalmente o chão) eu amo. e amo sem querer amar; e amo odiando, amo odiar. sentir aquela tempestade e o teu abraço veloz, teu beijo violento no meu pescoço e a tua respiração... tua respiração mas do que depressa vem aquecer meu rosto e minha boca. alguém da minha vida sempre pergunta: tu ainda gostas dele? "ainda"?? é tão fácil assim deixar de amar? alguém deixa de amar o pai ou a mãe? eu percebi que deixar de amar é mais difícil que amar alguém. não importa se eu conheço a pessoa mais legal e honesta do mundo e que me ame como ninguém o fez antes, se não é quem amo... é exatamente esse o meu grande problema: o verbo amar. eu amo grande, quase infinito, explode a cada segundo, é gigante. ele me derruba, eu fico no chão, fraca e fragmentada. nada me alimenta: nem outros amores, nem as artes, nem caetano veloso...
me encontro só. tropeçando nos astros desastrada ou não, eu estou só.
e então abandono-me.
16.1.08
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